Há 40 anos, o Iron Maiden lançava uma pedra fundamental na história do heavy metal

Iron Maiden: formação da época e a presença inicial do Eddie

Por  Ricardo Cachorrão Flávio 


O IRON MAIDEN nasceu em 1975 e, apesar das fitas demos, que culminaram no cultuado EP independente The Soundhouse Tapes, de 1978, o primeiro álbum de fato de banda, completou 40 anos agora, em 14 de abril de 2020, o homônimo Iron Maiden.


E como o tempo voa! Eu lembro que era um molequinho e me impressionava com dois caras mais velhos lá da minha rua que passavam, cabeludos e com camisetas pretas, com o Eddie desse disco estampado – eram “perigosos”, segundo minha mãe.


Voltando ainda mais no tempo... o Iron Maiden foi criado à imagem e semelhança de seu pai e criador, o baixista Steve Harris, grandiloquente e megalomaníaco, mas, foi apenas a partir da entrada do vocalista Paul Di’Anno, em 1978, que a banda incorporou suas influências vindas do punk rock e desenvolveu sua verdadeira identidade. Di’Anno sempre foi grande fã de Sex PistolsThe Clash e Ramones, e inclusive toca covers deles até hoje. Esse mesmo Paul Di’Anno, que, para muitos fãs - e para desespero das hordas de doentes por Bruce Dickinson - é o melhor vocalista que o Iron Maiden já teve.


Em 1980, a banda tinha em sua formação, além de Di’Anno e Harris, os guitarristas Dave Murray e Dennis Stratton, além do excelente baterista Clive Burr e gravaram um clássico absoluto, que foi muito bem recebido por público e crítica na época, e que ajudou a banda a gravar definitivamente seu nome na história.


O álbum, como quase todos da banda, é praticamente todo escrito por Steve Harris, mas contribuições de Paul Di’Anno em “Remember Tomorrow” e “Running Free” se fazem presentes. O guitarrista Dave Murray assina “Charlot the Harlot” sozinho e os três juntos foram responsáveis por “Sanctuary” – faixa que não está na versão original do disco, a inglesa. Completam o disco as faixas “Prowler”, ”Phantom of the Opera”, a instrumental ”Transylvania”, a belíssima ”Strange World”, e a clássica ”Iron Maiden”, presente em todos os shows da banda até hoje, e ponto alto do espetáculo, quando aparece o mascote Eddie no palco.


O Maiden iniciou o lançamento do álbum abrindo shows do KISS (na turnê “Unmasked”) e do JUDAS PRIEST (na gloriosa turnê British Steel), mas, seus resultados e receptividade foram tão expressivos, que tiveram turnê própria, finalizando o ano com a “Iron Maiden Tour”, onde além de tocar o álbum de estreia na íntegra, já apresentavam ao público o que seria seu próximo álbum, o matador Killers (trocadilho besta, mas, real e necessário – só que isso já é outra história).


Pode-se até não gostar de Iron Maiden, o que é direito de qualquer um, mas, não dá para negar a importância, relevância e influência desses caras na música mundial. É, muito fácil, uma das “marcas” mais emblemáticas da história do rock!


Up the Irons!

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem